Sem medo de exageros, digo que a viagem para o Deserto do Atacama foi a mais impressionante que já fiz.
Você já deve ter ouvido que estar na região é como estar em outro planeta. Lá entendi o motivo da fala, é porque não existe parâmetro de comparação para aquele lugar. Quando alguém chega pela primeira vez, se depara com algo diferente de tudo o que conheceu até então.
Se está cogitando visitar o deserto mais árido do mundo, fica o conselho: vá. Se já tomou a decisão e quer se organizar, não se preocupe. Por ser um destino singular, algumas dúvidas podem surgir durante o seu planejamento. Neste artigo, encontre o que precisa para colocar os planos em prática de um jeito tranquilo.
Onde fica o Deserto do Atacama
O Deserto do Atacama é uma área que possui mais de 100 mil km² e que se estende por quatro países. São eles: Chile, Bolívia, Peru e Argentina.
É no extremo norte do Chile que se concentra a região que conhecemos quando o assunto é turismo. Mais precisamente, ela fica nos arredores de um vilarejo chamado San Pedro de Atacama.
San Pedro é responsável por receber viajantes que desejam conhecer o deserto, ali estão as hospedagens, restaurantes, casas de câmbio, agências e demais estruturas. Resumindo, a cidade será sua base.
Quando ir
Ao escolher a melhor data de viagem para o Deserto do Atacama, vale considerar o fator clima.
É importante lembrar que estamos falando de um local seco, alto e com temperaturas que variam ao longo do dia. Normalmente, tem sol forte pela manhã e tarde. À noite, o termômetro cai bastante.
Dito isso, os períodos de transição são ótimas alternativas para você. No outono e na primavera é possível encontrar climas amenos em San Pedro. O calor não é exagerado, assim como o frio. Nos passeios, a variação também tende a ser menor.
Durante o verão — de dezembro a fevereiro — ocorre o chamado inverno altiplânico. É quando a chuva, raríssima em outras épocas, surge em certos momentos. Apesar das chances de que isso influencie alguns tours, causando cancelamentos ou adiamentos, não é sempre que acontece. De qualquer forma, esteja preparado.
No inverno, espere sensações geladas quando for acessar maiores altitudes. Bem geladas mesmo, principalmente pela intensidade dos ventos. Em contrapartida, você vai encontrar um visual fantástico (o cenário vai mudando a cada estação e em todas elas é lindo, aliás).
Fluxo de pessoas
Dezembro, janeiro e julho são os meses de alta temporada, por conta das festividades de fim de ano e férias.
Em meados de setembro, ainda, a cidade costuma encher. Isso porque acontece o principal feriado do Chile, as Festas Pátrias. Se estiver indo nesta data, reserve a hospedagem com antecedência.
Quanto tempo ficar
Tempo de viagem é sempre relativo. A quantidade ideal depende da sua disponibilidade, orçamento, atrações de interesse e ritmo.
Apenas para ter ideia, uma quantidade de dias sugerido é cinco (inteiros, sem considerar chegada e partida). Assim você dá check nos principais atrativos, fazendo tudo sem pressa, com pausas para se aclimatar e descansar.
No entanto, não há regras. Não faltam coisas para fazer caso haja mais tempo disponível. E se só tiver 4 dias, eu incentivaria a ir mesmo assim. Acredite, é difícil se arrepender do Atacama.
Como chegar
A maneira mais prática de chegar ao Atacama é de avião.
O aeroporto mais próximo de San Pedro fica em Calama, cidade a 1 hora e meia do povoado. Ao comprar suas passagens, este é o primeiro detalhe a que deve se atentar. Faça sua pesquisa com chegada e saída no Aeroporto El Loa (CJC).
Ainda não existem voos diretos do Brasil, então será preciso uma conexão em Santiago. Muita gente aproveita para unir os dois destinos, pernoitando ou passando alguns dias na capital chilena. Como o trajeto completo é um pouco longo, a ideia é legal.
A partir de Calama
Saiu do Brasil, passou por Santiago e partiu para Calama?
Ao chegar no aeroporto, logo avistará serviços de transfer ou taxi com destino a San Pedro de Atacama. Ambas as opções te levam até a porta da sua hospedagem. Você, inclusive, já pode deixar comprada a volta — no fim da viagem, os motoristas te buscam no hotel ou hostel, levando ao aeroporto novamente.
Os transfers são feitos de forma compartilhada ou privativa. As empresas que oferecem o transporte têm guichês na área de desembarque, é fácil encontrá-las. Eu comprei ida e volta em van compartilhada com a Transfer Pampa. Os dois itinerários, no total, custam 26 mil pesos (valor em junho de 2024).
Quais formas de pagamento levar
Ainda que não dê para contar só com ele, cartão é bem aceito no Atacama. Boa parte dos restaurantes, agências e hospedagens aceitam pagamentos em crédito ou débito (inclusive com Wise e Nomad).
Porém, considere as taxas das transações. Ao utilizar um cartão no exterior, estará sujeito ao IOF, por exemplo. Lembrando também que, ainda no Brasil, é necessário habilitá-lo para uso internacional – você faz isso com o seu banco, geralmente no internet banking.
Dinheiro em espécie é uma opção que não tem erro. San Pedro é uma cidade pequena, então andar com pesos facilita diversas situações. Dá para comprar em comércios menores, negociar descontos em passeios e lidar com possíveis imprevistos.
Por último, ponto importante: apesar da cotação vantajosa, o Western Union não é tão indicado no Atacama. Ali só há uma loja para fazer saques, ocasionando filas e, às vezes, falta de valores mais altos.
Desconto na hospedagem
Existe um imposto no Chile chamado Imposto sobre Valor Agregado – o IVA. Ele está inserido em tudo que é vendido e comprado dentro do território. Parecido com o ICMS do Brasil, sabe?
A questão é que estrangeiros estão isentos desta taxa quando reservam um hotel ou hostel registrado no Serviço de Impostos Internos do país. A isenção é de 19% do custo das diárias. Para ter direito ao benefício, você deve pagar a hospedagem em dólar, euro ou cartão de crédito internacional.
Alguns hoteis já incluem o desconto quando anunciam os preços e outros não. Dê uma olhada nas políticas da acomodação ou se informe com um funcionário.
Como fazer câmbio
A moeda do Chile é o peso chileno, sendo utilizada oficialmente no Atacama.
Lembra quando falamos sobre passar alguns dias em Santiago antes de partir rumo ao deserto? Se essa for a sua escolha, aproveite para trocar reais por pesos na capital. A cotação na cidade tende a ser melhor do que em San Pedro.
Vai direto, parando em Santiago apenas para conexão? Então deixe para fazer câmbio quando chegar. Evite trocar dinheiro no aeroporto, pois as cotações são baixíssimas!
Em San Pedro de Atacama, o melhor ponto para encontrar casas de câmbio é na Rua Taconao. Ali dá para avistar lojinhas que fazem a troca e avaliar quais têm melhores ofertas.
Outras dicas úteis:
- Não há casas de câmbio no aeroporto de Calama. Se precisar contratar um transfer na hora, pague com cartão de crédito (ou troque apenas o suficiente no aeroporto de Santiago);
- Nunca compre pesos chilenos aqui no Brasil, não compensa;
- A cotação da Wise tem sido ótima. 1 real está equivalendo a 173 pesos (e o cartão possui IOF de apenas 1,1%).
Onde se hospedar
Quando se trata de localização, existem duas alternativas de hospedagem: mais próxima ou mais distante do centro.
Cada uma possui pontos fortes, de acordo com a experiência que está buscando.
No centro
O centrinho de San Pedro de Atacama é pequeno e concentra a maioria da estrutura turística do lugar. Quanto mais perto você ficar, mais fácil será a locomoção. Ali dá para fazer tudo caminhando: ir a restaurantes, bares, lojas, agências e casas de câmbio.
Na hora dos passeios, é normal que os guias e motoristas busquem você no hotel ou hostel.
Eu, particularmente, indicaria esta localização para uma primeira visita ao deserto. É coringa!
Sugestões de hospedagem:
- Vou começar pela pousada que escolhi e adorei. O Hostal Sonchek tem custo-benefício perfeito para quem busca bom preço e conforto. Nele, encontramos quartos privativos a valores abaixo da média. O hostal é espaçoso, tranquilo, possui bom atendimento e fica no coração do povoado.
- Para quem deseja mais comodidades, o La Rukka Hostal Boutique é outra opção excelente. As acomodações são super elogiadas pelos hóspedes, assim como a gentileza da equipe. O espaço inclui suítes completinhas, com aquecedor e água quente.
- Admiradores de albergues têm uma bela surpresa no Anka Hostel, considerado soberbo pelas avaliações do Booking. Todos os quartos possuem varanda e o pátio comum é um charme. Limpeza é mais um item destacado pelos clientes.
Fora do centro
Hospedar-se em lugares afastados do centro vale a pena se estiver procurando determinadas vivências. Por exemplo: estadia em glamping, proximidade com cenários naturais específicos ou serviços no formato all inclusive.
A localização compensa se um hotel de ponta ou estar distante do movimento forem prioridades na sua viagem. Caso contrário, o centro continua sendo mais prático.
Sugestões de hospedagem:
- A Casa Luna está a 1 quilômetro do centrinho e mantém instalações caprichadas. Alguns diferenciais: piscina, jardim, estúdio de ioga e quartos com banheira de hidromassagem. O café da manhã está incluído em todas as diárias.
- Altos de Quitor é uma hospedagem referência em camping e glamping. Com acomodações de diferentes preços, proporciona comodidades eficientes em área mais afastada. Boa escolha para aproveitar o céu noturno da região.
- Quer curtir sem se preocupar com nada? O Nayara Alto Atacama oferece sistema all inclusive, transporte à disposição, passeios, múltiplas piscinas, spa e mais. Todo o ambiente do hotel é lindo, fica difícil saber para onde olhar primeiro.
O que fazer na viagem para o Deserto do Atacama
A lista de coisas para fazer no Atacama é enorme. Chega a ser desafiador escolher os atrativos que vão entrar no roteiro.
Sobram possibilidades: flutuar em lagunas cristalinas; conhecer fenômenos da natureza únicos; ter a companhia de vulcões históricos; caminhar por vales impressionantes; contemplar um céu cravejado de estrelas.
A seguir, você encontra os passeios clássicos do destino. Ao fazer seu planejamento, observe que o nível de altitude dos lugares varia. Prefira começar pelos de menor altura. Isso faz com que o seu corpo se aclimate com equilíbrio e se adapte melhor ao dia a dia altiplânico.
Valle de la Luna e Termas de Puritama
O Vale da Lua é quase unanimidade como primeiro passeio no Atacama. Isso porque está a apenas 13 quilômetros de San Pedro e em uma altitude similar à da cidade. O tour pode ser feito durante a manhã (com a vantagem de ser mais vazio) ou à tarde (com a vantagem de um baita por do sol).
Independente do horário, espere visualizar cenários que lembram paisagens lunares. O vale guarda uma geologia riquíssima e formatos esculpidos pelo tempo.
Como a visita dura meio dia, é possível conciliar a atração com as Termas de Puritama. Neste atrativo, o ponto forte é a chance de nadar em águas quentinhas no meio de natureza farta.
Lagunas Escondidas de Baltinache
Dependendo da agência, o passeio que leva às Lagunas Escondidas de Baltinache inclui passagem pela Cordilheira do Sal e Vallecito (local onde fica o famoso ônibus abandonado, que já se tornou uma das atrações queridinhas do Atacama).
Sendo honesta, este é um tour que divide opiniões, há quem adore e há quem ache dispensável. Eu sou do time dos que adoram. Acho a junção muito boa, apesar de ter trajetos relativamente longos.
As lagunas, em si, dispensam comentários. De beleza ímpar, são 7 no total – 2 delas abertas para banho. Um detalhe: a quantidade de sal presente na água. Tanto que é impossível afundar ali. Vale demais entrar em, pelo menos, uma e conferir de perto.
Laguna Cejar
Outra lagoa com alta concentração de sal. Em comparação com as Lagunas de Baltinache, a Laguna Cejar é bem maior. A sensação de flutuar na água, entretanto, é semelhante.
Algo que também precisa ser dito é sobre a maravilha de viver essa experiência enquanto aprecia uma vista absurda de bonita. O vulcão Licancabur está sempre marcando presença, tornando o momento ainda mais especial.
Lagunas Altiplânicas e Piedras Rojas
Se eu tivesse que optar por apenas um passeio no Atacama, seria esse.
A atividade começa com busca na hospedagem e café da manhã pelo caminho. Depois, a partida é na direção de Piedras Rojas, algo difícil de descrever em palavras. Farei uma previsão ousada: será um dos lugares mais lindos que você já viu (depois me conta se acertei).
A segunda parte do tour leva até as Lagunas Miscanti e Miñiques. Ao contrário das que vimos anteriormente, essas lagoas são para contemplação, sem banho. Suas águas são de um azul que parece pintado à mão — a paisagem completa é como um quadro.
Cabe destacar que as Lagunas Altiplânicas e Piedras Rojas estão em grandes altitudes, ultrapassando 4 mil metros.
Geysers del Tatio
Quer mais um acontecimento marcante? O Atacama tem.
El Tatio é o maior campo geotérmico da América do Sul (e terceiro maior do planeta), sendo composto por dezenas de gêiseres. Ao amanhecer, a quentura de suas águas contrasta com o frio do ambiente externo, provocando uma série de manifestações naturais — como fumaças de vapor que sobem para a superfície.
Para presenciar o fenômeno, é legal entender as condições do passeio. Esse é um tour que começa cedo (antes do nascer do sol) e que nos leva a um ponto que chega a 4.300 metros de altitude. O encontro entre horário e localização faz com que as temperaturas atinjam graus negativos. Vá bem agasalhado!
Rota dos Salares
Entre as principais atividades do Atacama, a Rota dos Salares é a mais alta (chega a 4.800 metros de altitude). E o nível de encanto que ela é capaz de gerar acompanha toda essa grandiosidade.
O que você vai ver: salares, pedras vulcânicas, os vulcões Licancabur e Juriquez com maior proximidade, fauna e flora ampla. Indo além, a rota envolve muita história e cultura dos povos nativos, nos presenteando com informações preciosas.
Tour Astronômico
Vou contar uma curiosidade pessoal: o tour astronômico foi um grande incentivador da minha viagem para o Deserto do Atacama. Avistar o céu do deserto estava entre as experiências que eu queria ter na vida.
Nem preciso dizer, então, que recomendo o passeio, né?
O tour acontece à noite e nos transporta para uma área mais afastada da cidade, onde a poluição luminosa é praticamente inexistente. Sendo assim, podemos mergulhar em um mar de constelações e astros.
Quando fui, eu realizei uma variação da atividade, focada em astrofotografia. Porém, via de regra, a atividade inclui uma breve aula de astronomia, curiosidades sobre a visibilidade do Atacama e observação em telescópios.
Atenção: este tour não acontece durante os períodos de lua cheia (a melhor época para fazer é na lua nova).
Outras opções fora do convencional
Está com espaço no roteiro ou quer se aprofundar em atrações menos conhecidas, mas igualmente incríveis?
Confira outras opções de vivências:
- Valle del Arcoiris;
- Laguna Lejía;
- Tour de bike pelo deserto;
- Uma noite de camping no deserto;
- Pukará de Quitor (sítio arqueológico);
- Passeio de balão;
- Passeio pelas ruas de San Pedro de Atacama.
Qual agência escolher para os passeios
É fácil encontrar agências que disponibilizam os principais passeios vistos nos tópicos anteriores.
Elas normalmente fornecem: guias; motoristas; busca e retorno à hospedagem; além de possíveis refeições ou coquetéis durante o trajeto (dependendo da empresa).
Eu fiz todas as minhas atividades com a Araya Atacama. Recomendo a agência, não só pela minha própria opinião positiva, mas pelos elogios que ouvi de outros viajantes.
Se quiser conhecer outras opções, você pode dar uma olhada no Get Your Guide (ao pesquisar, priorize atividades com avaliações altas e feedbacks).
É possível deixar para reservar tudo lá mesmo, ao chegar, mas há risco de não encontrar vagas nas datas que deseja. Isso acontece porque as melhores agências costumam trabalhar com grupos menores.
Onde comer na viagem para o Deserto do Atacama
Não pense que terá dificuldade para encontrar diversidade gastronômica no deserto. Em San Pedro existem restaurantes para todos os gostos, dos mais badalados até os que mantém aquela pegada caseira.
Cafés e espaços para lanches também estão presentes. Você vai poder provar empanadas chilenas e outras delícias.
Olha só uma listinha com 4 sugestões para conhecer:
- Adobe
- Las Delicias de Carmen
- La Franchuteria
- Emporio Andino
Adobe
Arrisco dizer que o Adobe é o restaurante mais famoso de San Pedro de Atacama.
A popularidade é compreensível, pois o local oferece ambiente acolhedor e comida boa — pratos de cozinha chilena e internacional.
Para completar, há opção de música ao vivo durante a noite (o espaço fica aberto até as 00:00 hora, mais ou menos).
Las Delicias de Carmen
Sabe aquele restaurante com jeitinho caseiro, que recebe tanto turistas quanto moradores da cidade? O Las Delicias de Carmen é assim.
Com ótimo custo-benefício, tem pratos super bem servidos e quentinhos, feitos na hora.
O atendimento próximo também chama atenção. No dia em que estive lá, os clientes ganharam até sobremesa de cortesia (acredito que aconteça sempre). Mais do que indicado!
La Franchuteria
Outra pérola que agrada viajantes e locais é o La Franchuteria. Especialista em lanches e pães, seus produtos são maravilhosos.
Seja quitutes doces ou salgados, não deixe de experimentar algo do menu. O ambiente também é uma graça, com mesas distribuídas em uma espécie de quintal e cercado por árvores.
Ainda que o cardápio não seja dos mais baratos, o conjunto da obra compensa.
Emporio Andino
O Emporio Andino é aquela pedida para um meio de tarde. O espaço te deixa à vontade para um momento mais tranquilo, desacelerado. O carro-chefe dali são as empanadas, muito recheadas e saborosas.
Se preferir, pode fazer pedidos para viagem.
Quais são os itens indispensáveis na mala
Verdade seja dita, o Deserto do Atacama é um destino de certos extremos. Você convive com muito frio em alguns instantes, calor em outros, vento, clima seco.
Otimizar a mala de viagem é um passo fundamental para se manter confortável em cada pedacinho do dia.
É necessário preparar uma bagagem gigante? Longe disso. No entanto, alguns itens não podem faltar.
Os indispensáveis:
- Segunda pele (além das roupas normais e de acordo com a estação, procure levar blusas e calças que funcionam como segunda pele. Elas são úteis nos passeios frios, para se vestir em camadas);
- Jaqueta fleece;
- Casaco mais pesado, ou seja, para frio intenso (caso não tenha, é possível alugar em San Pedro. Eu aluguei com a agência onde fiz os passeios e paguei 10 mil pesos pela diária);
- Acessórios de inverno (independentemente da época do ano, leve uma touca, luva, cachecol e meias grossas);
- Calçado de treeking (um par já é o suficiente, ele ajuda a manter o calor dos pés nos passeios frios. Levei uma bota da Macboot e deu super certo);
- Óculos escuros;
- Chapéu (boné ou qualquer outro que proteja do sol);
- Protetor solar;
- Hidratante labial;
- Hidratante facial.
Como evitar o mal de altitude
Ao longo do artigo, comentamos sobre a altitude atacamenha. Esta é uma informação relevante, já que o seu corpo pode encarar efeitos da altura.
Em atividades que ultrapassam 4 mil metros, talvez sinta uma pressão na cabeça, enjoo ou fadiga. Pode acontecer, ainda, de não sentir nada. Cada organismo reage de uma forma. Em todo caso, a boa notícia é que algumas atitudes auxiliam na prevenção do mal de altitude, evitando que ele apareça.
Em primeiro lugar, beba muita água, inclusive durante os passeios. Comer alimentos leves e não exagerar no álcool também é uma boa. E, como já conversamos lá no início, opte por realizar tours mais baixos ao chegar no destino, assim tem tempo de se aclimatar.
Espero ter conseguido esclarecer suas dúvidas sobre a viagem para o Deserto do Atacama. E, sobretudo, que o texto tenha te incentivado a ir viver esse lugar fora de série. Desejo uma aventura maravilhosa!
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